quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"É hora de rever o conceito de família desestruturada"

Para a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP),não há o modelo ideal.Um lar com pai e mãe não é garantia de atenção à criança.Cinthia Rodrigues
É bem provável que você já tenha lido ou ouvido alguém em sua escola dizer que determinado aluno não aprende porque vem de uma família desestruturada.A ideia,extremamente preconceituosa, deve ser deixada de lado na opinião da psicanalista Belinda Mandelbaum,docente e coordenadora do Laboratório de Estudos da Família, Relações de Gênero e sexualtidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo(USP).Ela defende que pais separados,casais homessexuais,mães solteiras,avós responsáveis por netos e tantas outras configurações por netos e tantas outras configurações compõem núcleos que podem até fugir do idealizado pela sociedade,mas têm plenas condições de obter sucesso na Educação de crianças e jovens sob sua responsabilidade.Para isso, é importante a coloboração do professor no sentido de combater os estigmas.
" Nunca houve um modelo definitivo de família.Ela muda constantemente com a sociedade", afirma Belinda.Para a especialista, o essencial é o estudante ter em casa alguém que exerça os papéis materno e paterno -mesmo que seja uma pessoa só.Os educadores que compreendem essa realidade melhoram o relacionamento da escola com os mresposáveis,são capazes de fazer os estudantes se sentirem acolhidos e ainda aprendem a identificar os verdaeiros problemas que os afetam."É necessário saber o que angustia de fato a criança.E isso só ocorre se for estabelecido um diálogo honesto e livre de preconceito entre envolvidos na Educação dela".
* Fonte: Nova Escola ago/2010

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